segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Qual a hora certa de correr para o pronto-socorro?

Em que casos precisamos levar nossos pequenos (e nem tão pequenos assim) correndo para o pronto-socorro? Levantamos situações que deixam pais preocupados, e muitas vezes em pânico. A pergunta é: diante de que sinais, preciso buscar o PS? E o que eu preciso observar ou que atitude tomar se a orientação não demandar um atendimento urgente?

Deu febre
A febre é sinal de que alguma coisa fora do normal deve estar acontecendo com a saúde da criança. No geral, a febre gera muita angústia. Mas esse sintoma deve ser visto de uma forma mais positiva pelos pais. Se há febre, é porque há um interesse natural de que ela esteja presente para que o organismo da criança melhor reaja ao fator que a está agredindo.
Se a criança tiver tomado o antitérmico, passar a febre e o ânimo melhorar, é muito provável que não haja um problema mais sério. E, nesse caso, não é necessário levar ao PS. Se, ao baixar a febre, o estado geral seguir muito comprometido, convém buscar recurso médico, mesmo que seja fora dos horários do pediatra da criança.
Bateu a cabeça
A criança bater a cabeça é muito comum. É necessário que se use bom senso para valorizar ou não o acidente. A criança deve ser levada ao atendimento urgente se perder a consciência, passar a ter um choro intenso e episódios de vômitos severos e repetidos ou sonolência fora do habitual. É recomendável que não se permita que a criança durma nos primeiros momentos após o acidente.
Cortou-se e sangrou
Se for um corte pequeno, é necessário fazer uma boa limpeza do local. Logo a seguir, uma compressão sobre machucado. Com isso, o sangramento deve cessar. Se o corte for profundo, a criança deve ser levada a um sistema de urgência para avaliar a necessidade de outros procedimentos, como a sutura do ferimento (os famosos “pontos”).Qualquer ferimento potencialmente contaminado traz a necessidade de sabermos se a criança está protegida contra o tétano.
Teve uma convulsão
Se a criança está em um quadro de convulsões, precisa de um serviço de urgência, pois, somente ali, ela poderá ser medicada para retirá-la da crise convulsiva. Se a criança já não está em crise e a causa provável da convulsão seja uma febre, ela poderá ficar em observação logo após ter sido medicada para a febre.
Engasgou-se
Esta é uma situação que merece atenção, pois é importante sabermos se o que causou o acidente tomou o caminho do esôfago (que comunica a boca com o estômago) ou se tomou o caminho da traqueia (que comunica a cavidade oral com os pulmões). Neste último caso, em geral, a criança deve ser levada ao sistema de urgência.
Nos pequenos engasgos, a própria mãe ou pai pode tomar as providências. A primeira é procurar retirar a causa do problema. Colocar a cabeça da criança para baixo e com a boca no nível mais baixo para que se aproveite, ao máximo, a força da gravidade para a expulsão do que está ocasionando o engasgo.
Foi mordida por animal
A primeira situação que deve ser levada em conta é o grau dos ferimentos causados, se há ferimentos complexos que necessitem limpeza minuciosa e suturas. A segunda se refere à preocupação com a possibilidade de infecção. É preciso saber se a criança está protegida contra o tétano.
Em relação à raiva, na maioria dos acidentes, há indicação de que o animal causador do acidente seja observado nos sete dias seguintes. Se nada acontecer com o animal, não haverá necessidade de a criança ser vacinada contra a raiva.
Engoliu um objeto
A importância da situação está relacionada com o que foi que a criança engoliu. Em geral, os objetos são pequenos e serão eliminados naturalmente nas fezes. Em algumas situações, haverá necessidade de acompanhamento do objeto por meio de procedimentos recomendados pelo pediatra.
Intoxicou-se
Se a criança ingeriu substâncias tóxicas ou remédios, isso precisa ser comunicado imediatamente ao médico, que conta com um serviço de informações que poderá assessorar o profissional nas medidas recomendadas para cada ocorrência.
Queimou-se
Para pequenas queimaduras, recomenda-se que a região acidentada seja colocada sob água corrente na temperatura ambiente. No caso de dúvidas quanto à gravidade, a criança deverá ser encaminhada a serviço de urgência. Não está recomendado o uso de qualquer pomada ou outras substâncias sem recomendação médica.
Nariz sangrou
Esta é uma situação muito frequente em pediatria. Faça pressão externa sobre a narina que está sangrando até que deixe de haver saída de sangue. É importante que a criança mantenha a cabeça inclinada para a frente, e não para trás, como costuma ocorrer. Neste caso, é comum que possa parecer que o sangramento cessou, mas o que está ocorrendo é que o sangue está sendo engolido porque a cabeça está mal posicionada. Se essas manobras forem feitas de forma correta, será rara a situação em que haverá necessidade de procedimentos em sala de urgência.

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